(DES)influência
- Raffael do Prado
- 24 de dez. de 2024
- 1 min de leitura
Seguir um influenciador aqui no Instagram ou lá no TikTok é, em certa medida, abrir mão da nossa própria personalidade. As nossas escolhas pessoais, aquelas que fazíamos porque queríamos, passam a ser as escolhas dos influenciadores. Somos lobotomizados a comprar supérfluos só porque alguém nos disse para comprar. A influência, claro, não surgiu com a internet ou as redes sociais. Agimos por influências diárias de amigos, colegas de trabalho e familiares.
O que muda com a internet é a quantidade, é a oferta incessante de influências. Enquanto que no âmbito íntimo das relações recebemos uma carga de influência limitada, na arena da internet a influência é constante, violenta e persuasiva em níveis que sequer compreendemos.
E nessa brincadeira de “siga o mestre”, o influenciado (nós) se perde em dívidas, morre, mata, abandona, agride, compra, vende…enfim, se perde. A nossa personalidade vai, pouco a pouco, sendo comandada por cliques, apostas, por digitar cupons para ganhar dinheiro fácil, por compras sem sentido, por compartilhar ódio, mentiras e todo tipo de barbaridade.
Cansa demais!
Mas o que fazer?
É muito fácil, gente. Basta ficar uns dias sem acessar a internet, viver a vida real e se reconectar com o real, com as nossas influências íntimas. ”E se nesse tempo longe da internet eu perder alguma coisa?”
Sim, esse tempo longe da internet é pra isso mesmo.
Você vai ver que não perdeu nada.
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